Antes da era dos influenciadores digitais havia os influenciadores artísticos. Mais um artista das vanguardas artísticas europeias, modernismo europeu, Avant-garde; Paul Signac nasceu 1863 na França e foi o artista responsável pelo desenvolvimento do movimento artístico chamado de pontilhismo junto com Georges Seurat. O artista também fez parte da corrente artística do neo-impressionismo e fundou a sociedade de artistas independentes, que era responsável por organizar a exposição Salon des indépendants.
Signac visitou a quarta exposição impressionista onde conheceu diversos artistas do modernismo como Claude Monet e Camille Pissaro (professor de Paul Cézanne). Esta exposição fez com que Paul Signac se interessasse por arte. O artista veio de uma família rica de mercadores em Paris e começou a treinar técnicas artísticas no ateliê de Émile Bin. Depois desse tempo de aprendizagem, Signac alugou um estúdio. O artista se interessou por pinturas de paisagem.

Ele se torna amigo de Claude Monet, conhece Georges Seurat e sua teoria de cores que faz Signac abandonar o impressionismo começando a pintar usando pontos, técnica que deu origem a corrente artística do pontilhismo. Junto com Seurat, Odilon Redon e Albert Dubois-Pillet funda a sociedade de artistas independentes (Société des Artistes Indépendants) ajudando a organizar a exposição Salon des Indépendants, onde apresenta suas obras ao público.
Paul Signac é conhecido por ter influenciado as obras de Henri Matisse e o próprio movimento do fauvismo. Matisse pintou a obra Luxe, Calme et Volupté quando foi para Saint-Tropez e passou um tempo ao lado de Paul Signac.

Esta obra de Matisse tem uma clara influência do pontilhismo, uma corrente artística que Paul Signac fazia parte. Henri Matisse também utilizou o divisionismo, um estilo do movimento neo-impressionista. Como membro da sociedade de artistas independentes, Paul Signac incentivou outros movimentos artísticos como o cubismo.
*Uma curiosidade, quem comprou a obra Luxe, Calme et Volupté feita por Henri Matisse foi o próprio Paul Signac, sendo o primeiro comprador de uma obra de Matisse.
Paul Signac também defendia a divisão de cores e por isso ele, Seurat e Pissaro vão se autodenominar os impressionistas científicos. O artista adorava a pintura de paisagem, se tornou amigo de Vincent Van Gogh e juntos pintavam as paisagens dos subúrbios de Paris.
Signac possuía um iate e gostava de navegar pelo Mar Mediterrâneo e gostava de ficar atracado no porto de Saint Tropez, e seu barco se torna um verdadeiro point de artistas. Uma de suas pinturas de paisagem inclui a obra O porto de Saint Tropez, em que mostra o estilo pontilhista, divisionista e neo-impressionista do artista.

Pintando junto com Van Gogh e sendo um grande entusiasta do movimento artístico do pontilhismo, defendendo a teoria de cores proposta por Seurat, o artista teve uma grande influência sobre Vincent Van Gogh também, uma das obras de Van Gogh, Autorretrato com chapéu de feltro mostra claras inspiração no divisionismo.

O divisionismo de Paul Signac e Georges Seurat também chegou na Itália e influenciou diversos artistas italianos da época. Gaetano Previati, um pintor simbolista italiano, confeccionou uma obra chamada de Principi scientifici del divisionismo. Outro artista fortemente influenciado pelo divisionismo de Signac foi Giuseppe Pellizza da Volpedo, que fez diversas obras desta corrente artística do divisionismo.

Nem o artista criador do movimento cubista, Pablo Picasso escapou das influências divisionistas de Paul Signac. A obra de Picasso, A velha senhora com luvas mostra explicitamente o divisionismo e pontilhismo de Signac.

Quando seu amigo Georges Seurat morreu, Paul Signac defendeu o movimento neo-impressionista pois após a morte de Seurat as pessoas começaram a questionar essa corrente artística. Signac escreveu um livro como uma forma de defesa do movimento neo-impressionista, esta obra se chama De Delacroix au néo-impressionisme que foi publicada no ano de 1899. Nesta obra ele descreve Delacroix como o pai das cores.

Signac considera os neo-impressionistas como os herdeiros de Eugène Delacroix. Seu barco em Saint-Tropez atrai diversos artistas das vanguardas europeias. Um dos frequentadores de seu famoso barco foi Felix Fénéon, um crítico de arte, colecionador e diretor de diversas revistas francesas. Para homenagear o amigo, Signac fez um retrato de Felix Fénéon.

Como Signac já era rico, pois era filho de comerciantes prósperos de Paris, ele patrocinou diversos artistas além de fazer várias doações para as artes. E graças a sua boa condição financeira, Signac não precisou arrumar um casamento com alguma mulher rica para poder fazer arte. Ele também fez um retrato de sua esposa, Berthe. Sempre se utilizando da técnica do pontilhismo e o divisionismo.

Paul Signac se casou com Berthe Roblès no ano de 1892, seu casamento dura alguns anos até o artista conhecer Jeanne Selmersheim-Desgrange, uma artista que também seguiu suas técnicas artísticas. Signac tinha comprado uma casa chamada de La Hune, em Saint-Tropez para morar com Berthe e lá ele criou um enorme ateliê. Quando o artista se envolveu com Jeanne Selmersheim-Desgrange ele deixou a casa La Hune com Berthe.

O artista morre de sepse em 1935. Paul Signac marcou a história da arte, suas técnicas influenciaram diversos artistas do modernismo.
Referências:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Paul_Signac (Lista de obras do artista e as respectivas localizações)
Excelente artigo, como sempre!
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Nice art
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Muy bueno, gracias.
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