Pop Art

Pop Art foi um movimento artístico que surgiu nos anos 1950 e 1960 nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. É uma ruptura radical com a dita arte erudita. Em Londres, Eduardo Paolozzi e Richard Hamilton, membros do Independent Group, organizaram grandes exposições de obras que seriam reconhecidas como sendo parte da Pop Art. O Independent Group é considerado o precursor da Pop Art.

Os artistas britânicos faziam colagens e pinturas inspiradas em aspectos da mídia comercial, como os quadrinhos americanos, celebridades, filmes e programas de TV. A primeira exposição de Pop Art foi a chamada This is Tomorrow. Uma das obras dessa exposição foi a feita por Eduardo Paolozzi, nomeada de “I was a Rich Man’s Plaything“. 

Photo file created by Tate Gallery: London — Original artwork created by Eduardo Paolozzi (b:1924-d:2005)

Essa obra combina a capa de um romance de ficção popular, um anúncio de recrutamento militar e um anúncio da coca-cola.

O Pop Art começou nos Estados Unidos com os artistas nova-iorquinos Andy Warhol, James Rosenquist, Roy Litchtenstein, entre outros. Andy Warhol começou a fazer paródias de propagandas e outros elementos da mídia de massa. Warhol fundou o estúdio The Factory em Nova Iorque. Apesar de Andy Warhol ser nova-iorquino e morar na cidade de Nova Iorque, foi em Los Angeles que ele fez uma exposição onde vendeu suas obras de arte.

Latas de Andy Warhol

Esse movimento utiliza como inspiração imagens da cultura de massa, publicidade, imagens da mídia popular. Os artistas também produziram obras derivadas de obras existentes, empregando técnicas mecânicas ou comerciais, como a serigrafia ou silk-screen.

A serigrafia ou impressão em tela, é um processo de impressão à base de estencil em que a tinta é prensada por meio de um crivo para o substrato abaixo da tela. Antigamente era utilizada a seda como substrato, por isso o nome silk-screen, pois silk é seda em inglês.

O movimento defendia que não há hierarquia de cultura e visava confundir as fronteiras entre a alta arte e a baixa arte. O estilo americano da Pop Art era um tanto dramático, já o estilo britânico da Pop Art era mais sutil e humorístico. A arte derivada americana precisava ser mais exagerada pois eles eram bombardeados pelo comercialismo e pela mídia de massa. O estilo americano utilizava cores ousadas e contornos duros.

Obra: “O que torna as casas de hoje tão diferentes e atraentes?” Richard Hamilton

Isso acontece devido ao distanciamento que Londres tem com o mundo publicitário americano, enquanto os britânicos viam esses anúncios de uma forma mais romântica, sentimental e humorística. Os americanos tinham um estilo mais dramático e portanto seus trabalhos eram bem mais ousados e agressivos.

O termo Pop Art foi introduzido nos Estados Unidos em 1962, com o “Simpósio da Pop Art” organizado pelo Museu de Arte Moderna.

Roy Lichtenstein, Drowning Girl, 1963, on display at the Museum of Modern Art, New York.

A cultura popular americana da época era cheia de anúncios publicitários e a Pop Art foi uma resposta a isso.

O Pop Art representou uma mudança na fonte de material utilizadas. Enquanto no passado as obras eram inspiradas na natureza e religião. O Pop Art buscava inspiração no cotidiano, na TV, nos filmes, comercias e desenhos animados. O movimento se empenhava em fazer uma arte que as pessoas comuns poderiam se identificar.

Obras de Andy Warhol

Havia o foco no trabalho derivado, o artista buscava uma nova interpretação de uma arte já existente.

Apesar da Pop Art ter sido um movimento bem famoso nas décadas de 1950 e 1960, ainda hoje ela continua sendo bem relevante.

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