Charles André van Loo, ou Carle Vanloo, nasceu no ano de 1705 em Nice. O artista foi um dos grandes nomes do movimento artístico do rococó, sendo inclusive um dos professores de mais renome de diversos artistas na França. Van Loo foi um grande rival de outro pintor famoso do estilo rococó, François Boucher. Charles André van Loo acabou rompendo com o movimento artístico do rococó.
O artista era irmão de um pintor renomado, Jean-Baptiste van Loo, Charles seguiu viagem junto com seu irmão para Turin e depois para Roma onde aprendeu técnicas artísticas com o pintor Benedetto Luti e o escultor Pierre Le Gros, apesar de estar aprendendo a pintar e esculpir, Charles não sabia ler e nem escrever. m dos gêneros que o artista mais pintava era o gênero histórico como na pintura A Vitória de Alexandre sobre Porus:

A Vitória de Alexandre sobre Porus retrata uma das campanhas de Alexandre, o Grande; que foi a Batalha de Hidaspes contra os indianos liderados por Porus. No século XVIII começa o interesse por parte dos artistas nas pinturas sobre eventos históricos famosos, no século XIX a Era Medieval começa a atrair a atenção de diversos pintores. Charles van Loo busca atingir um grande realismo na pintura acima, pintando uma cena que deveria ser uma cena feliz, mas existem diversos corpos espalhados pelo cenário, por isso, isso lembra um pouco as obras de Èugene Delacroix.
Carle Vanloo também pintava no melhor estilo do rococó, como podemos ver em sua obra chamada de Parada de caça.

Parada de caça é uma pintura com características do rococó como o tema que o artista escolheu, com diversas pessoas, provavelmente nobres, comendo após uma atividade atribuída somente a nobreza, é uma atividade bem frívola, um piquenique no meio da floresta. Carle Vanloo utiliza uma paleta de cores bem diversificada, incluindo pigmentos caros como o azul ultramarino, mas ele não usou essa cor em muitas partes da pintura.
O artista francês também pintava o gênero de retratos, principalmente para a realeza francesa, uma de suas obras de retrato mais notórias foi a pintura da Rainha da França, Marie Leszczinska.

Marie Leszczinska é um retrato tipicamente rococó, a rainha usa um vestido extremamente ornamentado, está num cenário com um móvel que também é considerado como sendo do movimento artístico do rococó, no chão, no lado esquerdo, ao pé da rainha aparece a figura de um cachorro de porte pequeno. Marie Leszczinska aparece vestido aquele manto que geralmente é utilizado em eventos importantes para o casal real, em cima da mesa aparece um vaso de flores. Maria Antonieta, a rainha consorte do filho de Luís XV (casado com Marie), Luís XVI, geralmente usa uma rosa nas mãos em seus retratos, muitos vão achar que Maria Antonieta era muito ousada e escandalosa por causa disso.
Além de retratar a rainha da França, Carle Van Loo também pintou o próprio Delfim, Luís XV.

O retrato de Luís XV é como todo o retrato feito nessa época, o rei aparece com uma roupa de cavaleiro, com a mão num capacete de uma armadura, com três penas brancas, o monarca também está usando o manto, ao fundo aparece uma cortina cenário, e também temos uma parte em que aparece uma parte do céu, o rei aparece com toda pompa, como seu antecessor, o rei Luís XIV, mais conhecido como rei Sol.
A pintura do retrato do rei Luís XV, de Carle Van Loo, é típica do rococó, por causa da riqueza de detalhes e da escolha da luz e das sombras para fazer os contrastes.
Carle Van Loo pintava o gênero de alegoria e mitologia, uma de suas pinturas sobre o tema se referia sobre o mito de Perseus e Andromeda.

Perseus e Andromeda é uma pintura que começa a fugir a estética do rococó e pular diretamente para o movimento artístico do romatismo que surgiria cem anos depois com os artistas alemães e que seria adaptado na França por Èugene Delacroix.
Mas como existem muitos detalhes que ainda não permitem classificar essa obra no romantismo mas sim no neoclassicismo, por causa das semelhanças que possuem com os afrescos da Antiguidade greco-romana. É importante lembrar que foi por volta dessa época que as ruínas da cidade de Pompeia são descobertas e as escavações desse sítio arqueológico começam mostrando muito de como era a arte na Roma antiga.
Conforme os anos vão passando e Carle van Loo vai confeccionando mais obras, os críticos começam a ser muito duros com o artista, dizendo que ele havia perdido a emoção ao pintar. Charles-André van Loo morre em 1765 na cidade de Paris.
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Um comentário em “Carle Vanloo, um artista francês versátil”