A arte nos Estados Unidos começou como nas outras regiões colonizadas pelos europeus, a primeira forma de arte foi aquela feita em igrejas por colonizadores espanhóis e a Igreja Católica, ou seja, as primeiras manifestações artísticas foram barrocas. Com a chegada de colonizadores ingleses e do grupo de peregrinos a arte dessa região influenciou a arte americana no século XVIII. No século XIX a arte começou a ganhar diversidade na Europa com o surgimento dos movimentos modernistas de vanguarda como o impressionismo e cubismo.
A Revolução Americana que havia garantido a independência das treze colônias no século XVIII teve como consequência a expulsão de certos artistas, uma outra mudança ocasionada na mentalidade dos colonos americanos foi a criação de uma percepção de independência e de certa autonomia. A partir desse período surge a ideia de uma arte exclusivamente americana, as pinturas começam a ganhar um estilo próprio.
O século XIX, nos Estados Unidos, foi um período muito conturbado com a eclosão da Guerra Civil americana. Após o término desse conflito, o país se unificou, e o grande desenvolvimento econômico do Norte se juntou as especificidades do Sul. Para a Europa, apesar da França ainda estar envolvida numa guerra, a Guerra Franco-Prussiana, a arte floresceu. Os artistas de todas as partes do mundo que possuíam dinheiro iam estudar nas academias de arte em Paris.
Nos Estados Unidos os artistas americanos que retornam e se estabelecem em Nova Iorque se empenham em criar um movimento modernista próprio que foi chamado de Preciosinismo. Um dos artistas mais conhecidos que participaram do movimento preciosinista foi Jospeh Stella, uma de suas pinturas mais famosas se chama The Brooklin Bridge.

O preciosinismo foi uma reação à Revolução Industrial que estava chegando aos Estados Unidos. Depois de um período turbulento de guerras, o desenvolvimento econômico foi acelerado e a arte acompanhou as consequências desse avanço econômico. Após o fim da Primeira Guerra Mundial, com tantas baixas e o caos na Europa, o mundo, principalmente os Estados Unidos, estava pronto para deixar esse conflito pra trás e há um retorno à suposta harmonia artística que existia antes do surgimento dos movimentos de vanguardas artísticas europeias.
Muitos artistas americanos retornam à Europa ou empreendem uma viagem para poder estudar arte em Paris, devido a todo caos da guerra e a aparente confusão de imagens e cores dos movimentos modernistas, as pessoas queriam o retorno da harmonia proporcionada por pinturas neoclássicas. Por isso, muitos dos artistas americanos que se estabelecem na cidade de Nova Iorque começam a ficar contra o movimento modernista e também da arte abstrata. Artistas como Thomas Hart Benton se declaram abertamente contra o modernismo. Benton se inspira nas obras do antigo mestre maneirista El Greco, como podemos ver em sua pintura People of Chilmark.

Benton resgata as figuras contorcidas, as cores contrastantes e o fundo preto da pintura maneirista, claro que colocando um toque pessoal em sua pintura.
Thomas Hart Benton, considerado um dos artistas regionalistas americanos, deu início a esse novo movimento artístico que visava retratar a sociedade cultura norte-americana. Um outro grande pintor desse movimento artístico é John Steuart Curry, uma de suas obras, um grande mural foi pintado no prédio do Capitólio no Kansas, essa pintura ficou conhecida pelo nome de Prelúdio Trágico.

A pintura acima retrata o abolicionista John Brown, segurando uma Bíblia em sua mão esquerda. Curry quis representar Brown de uma forma que ele parecesse um grande fanático religioso que foi um dos responsáveis pelo conflito ideológico que resultou na Guerra Civil americana. Claro que um assunto que era tão sensível na época fez com que esse mural fosse rejeitado num primeiro momento, porém atualmente essa pintura está onde deveria estar no prédio do Capitólio no Kansas.
Grant Wood é um artista americano que também fez parte do movimento regionalista. Uma das pinturas mais famosas de Wood, conhecida inclusive fora dos Estados Unidos se chama American Gothic.

American Gothic é uma pintura que retrata o meio rural americano na década de 1920. O nome gótico vem do estilo arquitetônico da casa que se encontra atrás do casal. A representação das pessoas e da cultura americana era um dos objetivos dos artistas regionalistas. American Gothic se encaixa nesse regionalismo, o artista pintou essa obra com um certo realismo. A pintura é também uma das mais parodiadas nos Estados Unidos.
Na década de 1930 e 1940 os Estados Unidos vivem numa grande depressão econômica que se originou em 1929 com a quebra da bolsa de Nova Iorque. Com o país entrou numa nova época, a arte regionalista americana entrou em declínio.
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