Émile Bernard e o pós-impressinismo

Émile Henri Bernard nasceu no ano de 1868 na cidade de Lille na França. Bernard fez parte do movimento artístico do pós-impressionismo além de se encaixar nas técnicas de pintura do cloisonnismo e do sintetismo, junto com o artista Paul Gauguin foi um dos artistas mais importantes do pós-impressionismo. Émile Bernard, além de pintor, foi um escritor, mas suas obras literárias não são tão conhecidas quanto suas pinturas.

No início de sua carreira artística estudou na École nationale supérieure des arts decoratifs e também fez aulas com o artista Fernand Cormon, uma das pinturas de Cormon se chama Madame Cormon:

Madame Cormon, Fernand Cormon.

Apesar de ter sido aceito na oficina artística de Fernand Cormon, Émile Bernard se mostrou indisciplinado e acabou sendo expulso do ateliê de Cormon. Depois desse fato, Bernard decide fazer uma viagem para a Bretanha e a Normandia. Quando o artista passou um tempo na cidade de Paris ele conheceu Vicent Van Gogh e seu pontilhismo, portanto as primeiras pinturas de Bernard tem influência pontilhista, como podemos ver em sua obra de nome Duas bretãs em um prado:

Duas bretãs em um prado, Émile Bernard.

O artista se muda para Pont-Aven, Émile Bernard tem contato com o cloisonnismo inventado por Louis Anquetin. Bernard não encontrou com Paul Gauguin nos primeiros meses que passou em Pont-Aven. Após o encontro entre os dois artistas eles criaram uma nova estética pós-impressionista chamada de Sintetismo.

Uma das pinturas com as técnicas pós-impressionistas do cloisonismo se chama Mulheres Bretãs no Prado:

Mulheres Bretãs no Prado, Émile Bernard.

Émile Bernard, junto com outros artistas sintetistas como Paul Gauguin, participou da Exposição Volpini, no ano de 1889, que aconteceu no Café des Arts em Paris, Bernard expos cerca de vinte e cinco pinturas. Uma das obras sintetistas pintadas por Émile Bernard nessa época se chama Colheita:

Colheita, Émile Bernard.

Na pintura acima podemos ver a nova estética criada por Bernard em conjunto com Gauguin e Louis Anquetin. Podemos ver as formas bem delineadas, algo que se tornou uma característica do cloisonnismo, e os contornos e as cores puras são uma característica do sintetismo, que também pregava pintar com emoção e a aparência extrema das formas.

Bernard se tornou um dos grandes amigos de Vincent Van Gogh, além de ter inspirado o artista na sua nova estética sintetista. Van Gogh fez uma cópia da pintura de Émile Bernard sobre o tema Mulheres Bretãs, essa obra de Van Gogh está na imagem abaixo:

Mulheres Bretãs, Van Gogh.

Van Gogh captou bem em sua pintura as características da pintura do cloisonismo adotada por Émile Bernard, é possível ver os contornos pretos bem definidos uma das propriedades da pintura que se desenvolveria no sintetismo e após isso na pintura simbolista.

Outra pintura sintetista e cloisonista de Émile Bernard se chama A colheita de trigo:

A colheita de trigo, Émile Bernard.

Nessa pintura, Émile Bernard leva o sintetismo ao pé da letra, pintando formas mais simples, utilizando cores mais puras. O artista acreditava que as paletas de cores em sua arte deveria ser reduzida às sete cores do prisma (cor do arco-íris). Além de contornos e contrastes mais puros e simples.

Apesar de ter pintado obras inspiradas na teoria de cores de Georges Seurat, aplicado nas técnicas do divisionismo e pontilhismo. Émile Bernard rejeitou essa teoria alguns anos depois, dizendo que era uma viagem óptica inventada por Seurat.

Paul Gauguin, Émile Bernard e Vincent Van Gogh colaboraram um com outro sobre novas estéticas artísticas. Porém a amizade entre Van Gogh e Gauguin ficou estremecida quando aconteceu o episódio em que Vincent Van Gogh decepou a própria orelha após uma briga entre os dois.

No ano de 1890 Vincent Van Gogh morreu e Émile Bernard compareceu ao seu funeral. No ano seguinte, Bernard rompe definitivamente com Paul Gauguin, pois acha que Gauguin está levando todos os créditos pela invenção da estética do sintetismo. Os dois nunca mais voltaram a ser amigos.

O artista participa de outras exposições com impressionistas e simbolistas na Galeria de Arte The Barc de Boutteville. Émile Bernard se juntou aos simbolistas para expor suas pinturas, principalmente após romper a amizade com Paul Gauguin.

Seguindo a nova moda do orientalismo, Émile Bernard passa dez anos no Egito, onde faz pinturas com a temática orientalista, como podemos ver em seu autorretrato com turbante:

Autorretrato com turbante, Émile Bernard.

Uma outra pintura de inspiração orientalista se chama O fumante de Haschisch:

O fumante de Haschisch, Émile Bernard.

Enquanto estava no Oriente Médio, Émile Bernard se voltou cada vez mais para o classicismo, por causa da rivalidade entre ele e seu ex-amigo Paul Gauguin. Apesar de ter se voltado a temas clássicos da mitologia grega, ao nu artístico e as ninfas, sua pintura não pode ser classificada como neoclássica, é mais uma mistura de temas neoclássicos pintados por um artista de vanguarda. Podemos ver o uso do tema de ninfas em sua pintura feita em 1908 chamada de Depois do Banho:

Depois do Banho, Émile Bernard.

Émile Bernard morreu no ano de 1941.

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3 comentários em “Émile Bernard e o pós-impressinismo

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