Na história, muitas obras de arte e livros foram alvos de censura, além de construções majestosas que eram símbolos de outra época foram o focos de destruição nesses períodos. Graças a isso, muitas obras e principalmente as construções acabaram sendo destruídas. Muitas pessoas pensam que se algumas bibliotecas não tivessem sido derrubadas e queimadas, a humanidade teria evoluído para a era da tecnologia mais rápido. Conheça alguns eventos de destruição provocadas pelo homem de algumas construções:
1. Biblioteca de Alexandria
A biblioteca de Alexandria era a maior biblioteca do mundo antigo. Foi por causa dela que a cidade de Alexandria era considerada a capital do conhecimento. Acredita-se que essa biblioteca possuía em torno de 400 mil papiros no seu auge.
Um dos registros históricos sobre a construção da biblioteca foi a Carta de Aristeas, que relata que ela foi construída por Ptolomeu I, outros registros dizem isso aconteceu sob o reinado de Ptolomeu II. Estudiosos acreditam que a construção começou no reinado de Ptolomeu I e terminou durante o reinado de Ptolomeu II.
Apesar da Biblioteca estar subordinada ao rei, os estudiosos tinham liberdade relativa pois o lugar não estava vinculado a nenhuma corrente filosófica específica. Os reis ptolomaicos tinham interesse de que essa biblioteca fosse a fonte do conhecimento do mundo antigo, abrigando obras variadas.
Embora a lenda falar que houve um grande evento que destruiu por completo toda a Biblioteca, a destruição desse lugar aconteceu após sucessivos ataques. O primeiro deles foi o incêndio provocado pelo cerco a Alexandria feita por Júlio César. Os historiadores acreditam que a Biblioteca não foi inteiramente incendiada durante o ataque a Alexandria, somente um depósito que fazia parte dessa Biblioteca.
Durante os reinados dos Imperadores romanos Aureliano e posteriormente Diocleciano nos cercos à Alexandria, a Biblioteca foi incendiada novamente. O que restou dela foi destruída depois na invasão muçulmana no ano de 642 d.C em que o Califa Omar ordenou que ela fosse completamente destruída.

Uma nova versão da biblioteca de Alexandria foi construída e inaugurada em 2002.
2. Palácio das Tulherias
É um antigo palácio real que começou a ser construído em 1564, sendo ampliado até ser unificado ao palácio do Louvre. O palácio das Tulherias possuía uma fachada enorme de 266 metros de comprimento. Ele ficava localizado em Paris. Desde o ano de 1669, o palácio das Tulherias estava interligado ao palácio do Louvre através de uma galeria.

O palácio foi construído ao longo de reinados de diversos reis, cada um deles deu sua contribuição na construção desse imenso palácio, porém alguns monarcas não utilizaram esse lugar como residência então o palácio sofreu períodos de abandono. Assim como aconteceu com o palácio de Versailes, o rei Luís XIV foi o responsável por assumir a construção e reforma do palácio das Tulherias.
Porém o rei Luís XIV mudou sua residência e corte para o palácio de Versalhes, e deixou o palácio das Tulherias para cortesãos e artistas. Na época da Revolução Francesa, os reis Luís XVI e Maria Antonieta foram obrigados pelos revolucionários a deixar Versalhes e se mudar para o palácio das Tulherias em país. Segundo os revolucionários, os reis ficavam isolados em Versalhes e era necessário trazer o governo para o centro da política francesa que ficava em Paris.

A partir desse momento, o palácio das Tulherias se torna novamente residência oficial do Rei. Napoleão Bonaparte se estabeleceu neste palácio durante seu império.

Esse edifício resistiu a Revolução Francesa mas infelizmente não sobrevive à Comuna de Paris. No ano de 1871, alguns membros da comuna decidem incendiar o palácio das Tulherias, eles levam barris de petróleo, pólvora e alcatrão líquido e então incendiam o palácio inteiro.

Felizmente o palácio do Louvre e o museu foram salvos do incêndio. O palácio das Tulherias ficou em ruínas e tentativas de restauração do palácio foram mal sucedidas e o palácio foi demolido em 1871. O arco do Triunfo é a única parte intacta que restou do edifício.
Até hoje existem tentativas de reconstruir o palácio das Tulherias.
3. Bastilha
A Bastilha era uma fortaleza que foi transformada em prisão. Sua construção começou em 1356, foi erguida durante a guerra dos Cem Anos, e seu objetivo primário era defender o portão e as muralhas a leste de Paris.

A Bastilha começou a ser utilizada como prisão do estado durante o reinado de Luís XI, ela também abrigava o tesouro real. O homem da máscara de ferro foi o prisioneiro mais famoso que já passou por essa prisão. Prisioneiros nobres e grandes burgueses viviam de um jeito bastante confortável na Bastilha.
Essa fortaleza começou a ser usada como prisão intensivamente no reinado do rei Luís XIV, o Rei Sol. Ele mandou prender aproximadamente duas mil e trezentas pessoas. A estadia na Bastilha era curta, a prisão comportava somente 45 presos, porém, com Luís XIV, o edifício chegou a ter mais de cem presos de uma vez só.
Nos reinados de Luís XV e Luís XVI, o número presas mandadas para a Bastilha diminuiu, e o perfil do preso também mudou, de nobres e aristocratas, presos políticos e indesejáveis eram aprisionadas neste prédio.
O edifício virou símbolo do despotismo e autoritarismo do rei, alguns escritores revolucionários que foram mantidos na Bastilha, depois que ficaram em liberdade escreveram relatos sobre o período em que ficaram encarcerados, e a popularidade da Bastilha foi diminuindo ainda mais.
Na Revolução Francesa, devido aos estoques de pólvora que eram mantidos na Bastilha, os revolucionários decidiram tomar esse lugar. As autoridades monárquicas que comandavam este local e que se encontravam dentro do prédio foram massacrados pela multidão e os sete prisioneiros que estavam presos, acabaram sendo libertados.

O prédio foi saqueado após esse episódio, seus muros destruídos. Então, os líderes revolucionários decidiram pela demolição da Bastilha. E o empresário burguês Pierre-François Palloy foi escolhido para demolir o prédio, algo que ele fez em pouco tempo.

Embora o edifício não exista mais, a queda da Bastilha durante a Revolução Francesa, faz essa construção ser lembrada até os dias de hoje.