Diógenes, Jean-Léon Gérôme

Diógenes é uma pintura de Jean-Léon Gérôme. O pintor faz parte do movimento conhecido entre os artistas da época como academicismo, que aconteceu na França no século XIX. Os pintores dessa corrente artística pintavam telas neoclássicas, com inspiração na cultura greco-romana. Esse movimento também ficou conhecido como neo-grego, que era mais focado em fazer representações de imagens em pinturas do que outros tipos de arte. Gérome foi professor na renomada Escola de Belas Artes de Paris.

Em meados do século XIX, Jean-Léon Gérôme já havia passado por vários estilos de pintura, havia tido seu período neo-grego, e tinha empreendido uma viagem ao Oriente, no Império Otomano, e Egito; uma rota comum aos pintores chamados acadêmicos. Foi nessa época que ele pintou Diógenes.

Diógenes, Jean-Léon Géromê. (Wikipedia/ Domínio Público)

Diógenes é uma pintura com características do academicismo. Na pintura, um homem, vestido apenas com um pano branco, está sentando dentro de um barril voltado para a frente, segurando uma lamparina, e três cães estão sentados olhando pra ele no lado esquerdo da pintura e do lado esquerdo um cão está deitado, também olhando para ele. O barril está na frente de uma pilastra, ao fundo está uma cidade grega.

Diferente das pinturas de arte moderna, na corrente artística acadêmica o artista evita que qualquer tipo de pincelada seja notada, existe a busca pelo acabamento polido nas telas.

Além disso, esse novo movimento se propõe a ser diferente ao anterior, o barroco, mais especificamente a uma vertente dele conhecida como rococó, em que havia o uso de cores brilhantes e chamativas. Em Diógenes temos o uso de cores mais sóbrias, os tons escuros para criar o contraste da escuridão tem regras para que não aja tanta dramaticidade na pintura.

Até mesmo a escolha do tema é uma característica do movimento academicista. A pintura Diógenes se refere ao filósofo Diógenes de Sínope, um filósofo grego da escola do cinismo. Para ele, a pobreza era uma virtude, e por isso ele rejeitava os bens materiais e ele também via virtude nos cães, que segundo Diógenes, tinham um comportamento instintivo e não tinham vergonha de sobreviver. O filósofo ficou conhecido como Diógenes, o cão, devido a suas ideias. Segundo a lenda, ele vivia em um barril e vagava pela cidade com uma lamparina acesa. Por isso, Géromê retrata o filósofo num barril, cercado de cães, enquanto ele segura uma lamparina.

Hoje em dia essa pintura se encontra no Walters Museu nos Estados Unidos.

2 comentários em “Diógenes, Jean-Léon Gérôme

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.