Félicien Victor Joseph Rops nasceu no ano de 1833 em Namur, na Bélgica. O artista foi um grande representante do movimento artístico do simbolismo. Essa corrente artística surgiu primeiramente como um movimento literário escrito por Jean Moréas e que foi assinado pelo famoso poeta francês, Charles Baudelaire. Na pintura o simbolismo significou um retorno ao misticismo do romantismo, esse movimento artístico procurava retratar imagens mitológicas, oníricas e simbólicas.
O artista Félicien Rops nasceu numa família muito rica, seu contato com representações artísticas vem do seu pai que vendia tecidos estampados. Como em toda família de muitos recursos financeiros, Félicien Rops foi educado por professores particulares, por jesuítas, e após a morte de seu pai, o artista passou a frequentar a Academia de Belas Artes de Namur. Rops aprendeu técnicas artísticas com Ferdinand Marinus, um artista especializado em paisagens. Uma das pinturas de Marinus se chama Uma balsa no rio Meuse em Houx.

Podemos ver na imagem acima que Rops deve ter recebido uma educação artística bem formal e apesar de ter aprendido a pintar paisagens, Félicien Rops tem preferência por desenhar caricaturas, um desses desenhos foi uma caricatura de seu professor Ferndinand Marinus.

O jovem Félicien Rops se matriculou na Universidade Livre de Bruxelas, onde pretendia estudar filosofia para se preparar para se tornar advogado. Foi através desse interesse que Rops conheceu escritores e entrou para um círculo literário e acabou produzindo caricaturas para revistas de estudantes da Universidade. Por fim, Félicien Rops, acabou se matriculando na Académie de Saint-Luc para seguir seu sonho de ser artista, nesse local ele aperfeiçoou seus desenhos.
O contato do artista com movimentos literários fez com que se aproximasse cada vez mais da confecção de litogravuras de caricaturas políticas. Sua paixão por esse assunto lhe rendeu diversos problemas.
Félicien Rops acabou se casando com uma mulher rica, Charlotte Polet de Faveaux, sua casa passou a ser frequentada por diversos artistas e escritores. Rops acabou se tornando um membro da Société Libre des Beaux-Arts, que foi fundada em 1868 por artistas belgas.
Foi nesse meio literário que o caricaturista conheceu Charles Baudelaire, o poeta gostou muito de Félicien Rops, chegando a escrever uma carta para Édouard Manet cheia de elogios à Félicien Rops.
Seus casos extraconjugais levaram o casamento de Félicien Rops com Charlotte ao fim. Uma de suas amantes, Mlle Duluc, serviu como uma modelo para uma ilustração do artista.

O artista participou de um grupo de vinte artistas belgas chamado de Les Vingt, esse grupo era responsável por realizar exposições que tinham a participação de artistas renomados como Camille Pissaro, Vincent Van Gogh e Claude Monet.
Félicien Rops, além de ser um ilustrador de livros e artista de caricaturas, o belga também tinha talento para a pintura, como podemos ver numa obra feita pelo artista chamada pelo nome de A Dama com o Fantoche:

O artista gostava muito de retratar mulheres e sua vida boêmia um pouco desregrada. Uma outra pintura/desenho de Félicien Rops que mostram seu tema favorito se chama The Drunken Dandy:

The Drunken Dandy mostra uma cena de um homem com uma mulher, em um ambiente noturno, com bebidas e mulheres e homens bêbados. Essas pinturas são classificadas como simbolistas, embora pareçam muito com ilustrações, mas o fato do artista retratar um local que não seria representado por artistas acadêmicos podem incluir sua pintura na categoria do simbolismo.
O artista aprendeu a pintar paisagens com Ferdinand Marinus e portanto nunca anbandonou esse tema completamente, tendo pintado diversas paisagens como na tela abaixo, Les Rochers des Grands Malades.

Les Rochers des Grands Malades é uma pintura típica de paisagem, o artista demonstra muita técnica nessa obra, podemos perceber que Rops aprendeu a pintar muito bem com Ferdinand Marinus. Essa paisagem que ele retratou é um tanto formal, a paleta de cores escolhida por Rops tornam a pintura realista, o artista retrata até mesmo o reflexo na água.
Félicien Rops estudou técnicas de gravura com o famoso gravurista e japonista Félix Bracquemond. Rops aperfeiçoou suas gravuras e aprendeu a fazer entalhes com Bracquemond, o artista aprendeu a incorporar o japonismo em suas obras de arte. Podemos ver essa influência na gravura Salamandra e Besouro Japoneses.

Salamandra e Besouro Japoneses é um tema influenciado por coisas do Japão, algo que ficou conhecido pelo nome de Japonismo.
O gravurista foi responsável por fazer gravuras para a série de contos Les Diaboliques de Jules Barbey d’Aurevilly. Nessas ilustrações, Rops mostra toda a sua influência simbolista, como podemos ver na gravura A Esfinge:

Félicien Rops morre no ano de 1898 na França.
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